segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

LIÇÃO V - POR MINISTRO BARROSO

LIÇÃO V -  POR MINISTRO BARROSO

     
       "Tudo que começa, um dia termina." Isso é o que reza o dito popular e de certa forma devo dizer que concordo, já que hoje lhes trago a última lição de vida apresentada pelo excelentíssimo Ministro Barroso! Enfim, chega de falar e vamos direto ao ponto:
    
     V. LIÇÃO Nº 5
     
     Em uma de suas fábulas, Esopo conta a história de um galo que após intensa disputa derrotou o oponente, tornando-se o rei do galinheiro. O galo vencido, dignamente, preparou-se para deixar o terreiro. O vencedor, vaidoso, subiu ao ponto mais alto do telhado e pôs-se a cantar aos ventos a sua vitória. Chamou a atenção de uma águia, que arrebatou-o em vôo rasante, pondo fim ao seu triunfo e à sua vida. E, assim, o galo aparentemente vencido reinou discretamente, por muito tempo.
     
     A moral dessa história, como próprio das fábulas, é bem simples: “devemos ser altivos na derrota e humildes na vitória.”
     
    Humildade não significa pedir licença para viver a própria vida, mas tão-somente abster-se de se exibir e de ostentar. Ao lado da humildade, há outra virtude que eleva o espírito e traz felicidade: é a gratidão. Mas atenção, a gratidão é presa fácil do tempo: tem memória curta (Benjamin Constant) e envelhece depressa (Aristóteles).                      
     
     Portanto, nessa matéria, sejam rápidos no gatilho.
     
     Agradecer, de coração, enriquece quem oferece e quem recebe.

     Em quase todos os meus discursos de formatura, desde que a vida começou a me oferecer este presente, eu incluo a passagem que se segue, e que é pertinente aqui. "As coisas não caem do céu. É preciso ir buscá-las. Correr atrás, mergulhar fundo, voar alto. Muitas vezes, será necessário voltar ao ponto de partida e começar tudo de novo. As coisas, eu repito, não caem do céu. Mas quando, após haverem empenhado cérebro, nervos e coração, chegarem à vitória final, saboreiem o sucesso gota a gota.        
      
     Sem medo, sem culpa e em paz. É uma delícia. Sem esquecer, no entanto, que ninguém é bom demais. Que ninguém é bom sozinho. E que, no fundo no fundo, por paradoxal que pareça, as coisas caem mesmo é do céu, e é preciso agradecer".
     
     Esta a nossa lição nº 5: ”Ninguém é bom demais, ninguém é bom sozinho e é preciso agradecer.”

      VI. Conclusão

      Eis então as cláusulas do nosso pacto, nosso pequeno manual de instruções:
  
1. Nunca forme uma opinião sem ouvir os dois lados;

2. A verdade não tem dono;

3. O modo como se fala faz toda a diferença;

4. Seja bom e correto mesmo quando ninguém estiver olhando;

5. Ninguém é bom demais, ninguém é bom sozinho e é preciso agradecer.
      
      Aqui nos despedimos. Quando meu filho caçula tinha 15 anos e foi passar um semestre em um colégio interno fora, como parte do seu aprendizado de vida, eu dei a ele alguns conselhos. Pai gosta de dar conselho. E como vocês são meus filhos espirituais, peço licença aos pais de vocês para repassá-los textualmente, a cada um, com toda a energia positiva do meu afeto:

(I) Fique vivo;

(II) Fique inteiro;

(III) Seja bom-caráter;

(IV) Seja educado; e

(V) Aproveite a vida, com alegria e leveza.
      
      Vão em paz. Sejam abençoados. Façam o mundo melhor. E lembrem-se da advertência inspirada de Disraeli: "A vida é muito curta para ser pequena".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

1 Parte - História do Brasil - Cronograma - Resumo

  1 - HISTÓRIA DO BRASIL – CRONOGRAMA, RESUMO


     Olá pessoal, por motivos pessoais, resolvi nessas preciosas férias de fim de ano, estudar, ou melhor, rever a história do nosso amado País. Para tanto, não poderia deixar de postar para vocês um pequeno resumo, fixando os principais pontos do que vou aprendendo nessa pequena jornada.
      Espero que gostem e façam bom aproveito! Sendo essa a Primeira Parte.

1- INÍCIO DA COLONIZAÇÃO:
      
      Em Portugal iniciou – se uma busca após a queda da Constantinopla que foi tomada pelos Turcos, essa busca que era determinada por razões econômicas (Mercantilismo), foi mais explorada por Portugal e Espanha, devido suas posições privilegiadas geograficamente no continente Europeu;
     - Ano 1492 = Espanhóis chegam no continente americano;
     - Nomes que nos fazem melhor visualizar esse contexto: Vasco da Gama, Cristóvão Colombo, Pedro Álvares Cabral e a não menos a famosa Escola de Sagres.


2 – Chegada no Brasil
     
      Pedro Álvares Cabral chega à costa brasileira no ano de 1500. Após a referida “descoberta” e posse da nova terra para a Coroa portuguesa, Cabral seguiu viagem para as Índias.
     A primeiro momento Portugal não se interessou em explorar o Brasil, limitou-se em explorar o Pau-Brasil, baseado na carta de Pero Vaz de Caminha e assim passaram-se 30 anos.
      Os indígenas eram a principal ferramenta na exploração da madeira, já que estavam sendo submetidos ao catolicismo.  A exploração atraiu europeus, principalmente os franceses que  vinham até a costa e saqueavam a mercadoria, isso despertou preocupações à Coroa Portuguesa, que percebeu a necessidade de colonizar o Brasil.

3 – Capitanias Hereditárias e o Governo Geral
     
      Portugal carecia de recursos para colonizar o Brasil, e para tanto achou a solução criando o mecanismo de “Capitanias Hereditárias”, isso porque o território passava de pai para filho.
     As capitanias tinham total autonomia quanto ao seu ordenamento interno, estando obviamente submetidas ao rei de Portugal. Quanto a economia era baseada no latifúndio, com monocultura do açúcar pelo trabalho escravo.
     Portanto em certos lugares do País o sistema começou a não funcionar, já que a metrópole ficava a distante e comunicação era precária, a única solução encontrada foi centralizar o poder na colônia que foi viabilizado pela criação do Governo Geral.
    O “Governo Geral” tinha como principal função implantar na Colônia uma representação jurídica e administrativa que viabilizasse um controle maior da metrópole sobre a colônia, uma vez que o sistema de capitanias descentralizara o poder.
      Os principais governadores foram:
- Tomé de Souza (1549-1553)
- Duarte da Costa (1553-1558)
- Mem de Sá (1558-1572)

4 – As Missões Jesuítas
      
      Chegaram no Brasil em 1549, sob o comando do padre Manoel Nóbrega, e teve como principal tarefa dedicar-se a catequese dos indígenas e à educação dos colonos.
      Tinham também como objetivos fundar nas Américas espanhola e portuguesa nações católicas, visto que Portugal objetivava a expansão do catolicismo. Essas expedições ficaram conhecidas como as “missões jesuítas”.

     5 – A Escravidão Negra
         
       Era difícil escravizar índios, já que estes conheciam muito bem o território brasileiro, e quando fugiam era difícil encontra-lo, vendo em uma situação de escassez de mão-de-obra os senhores das terras passaram a usar os negros africanos. Portugal consentia, administrava e lucrava com o tráfico.

          Chegando a África, os traficantes portugueses trocavam com os nativos africanos utensílios como facões, vinhos, roupas etc; posteriormente os africanos eram aprisionados e enviados ao Brasil, para serem vendidos ao senhores de engenhos, que os forçavam a trabalhar nas lavouras de cana em condições de sobrevivência precárias.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Lições II, III e IV - Ministro Barroso

Lições II, III e IV - Ministro Barroso

        II. LIÇÃO Nº 2

        Nós vivemos em um mundo complexo e plural. Como bem ilustra o nosso exemplo anterior, cada um é feliz à sua maneira. A vida pode ser vista de múltiplos pontos de observação. Narro-lhes uma história que li recentemente e que considero uma boa alegoria. 
        Dois amigos estão sentados em um bar no Alaska, tomando uma cerveja. Começam, como previsível, conversando sobre mulheres. Depois falam de esportes diversos. E na medida em que a cerveja acumulava, passam a falar sobre religião. Um deles é ateu. O outro é um homem religioso. Passam a discutir sobre a existência de Deus. O ateu fala: "Não é que eu nunca tenha tentado acreditar, não. Eu tentei. Ainda recentemente. Eu havia me perdido em uma tempestade de neve em um lugar ermo, comecei a congelar, percebi que ia morrer ali. Aí, me ajoelhei no chão e disse, bem alto: Deus, se você existe, me tire dessa situação, salve a minha vida". Diante de tal depoimento, o religioso disse: “Bom, mas você foi salvo, você está aqui, deveria ter passado a acreditar". E o ateu responde: "Nada disso! Deus não deu nem sinal. A sorte que eu tive é que vinha passando um casal de esquimós. Eles me resgataram, me aqueceram e me mostraram o caminho de volta. É a eles que eu devo a minha vida". Note-se que não há aqui qualquer dúvida quanto aos fatos, apenas sobre como interpretá-los.

        Quem está certo? Onde está a verdade? Na frase feliz da escritora Anais Nin, “nós não vemos as coisas como elas são, nós as vemos como nós somos”. Para viver uma vida boa, uma vida completa, cada um deve procurar o bem, o correto e o justo. Mas sem presunção ou arrogância. Sem desconsiderar o outro.

Aqui a nossa regra nº 2: "A verdade não tem dono".

III-  LIÇÃO Nº 3

      Uma vez, um sultão poderoso sonhou que havia perdido todos os dentes. Intrigado, mandou chamar um sábio que o ajudasse a interpretar o sonho. O sábio fez um ar sombrio e exclamou: "Uma desgraça, Majestade. Os dentes perdidos significam que Vossa Alteza irá assistir a morte de todos os seus parentes". Extremamente contrariado, o Sultão mandou aplicar cem chibatadas no sábio agourento. Em seguida, mandou chamar outro sábio. Este, ao ouvir o sonho, falou com voz excitada: "Vejo uma grande felicidade, Majestade. Vossa Alteza irá viver mais do que todos os seus parentes". Exultante com a revelação, o Sultão mandou pagar ao sábio cem moedas de ouro. Um cortesão que assistira a ambas as cenas vira-se para o segundo sábio e lhe diz: "Não consigo entender. Sua resposta foi exatamente igual à do primeiro sábio. O outro foi castigado e você foi premiado". Ao que o segundo sábio respondeu: "a diferença não está no que eu falei, mas em como falei".

        Pois assim é. Na vida, não basta ter razão: é preciso saber levar. É possível embrulhar os nossos pontos de vista em papel áspero e com espinhos, revelando indiferença aos sentimentos alheios. Mas, sem qualquer sacrifício do seu conteúdo, é possível, também, embalá-los em papel suave, que revele consideração pelo outro.

Esta a nossa regra nº 3: "O modo como se fala faz toda a diferença."

IV. LIÇÃO Nº 4

         Nós vivemos tempos difíceis. É impossível esconder a sensação de que há espaços na vida brasileira em que o mal venceu. Domínios em que não parecem fazer sentido noções como patriotismo, idealismo ou respeito ao próximo. Mas a história da humanidade demonstra o contrário. O processo civilizatório segue o seu curso como um rio subterrâneo, impulsionado pela energia positiva que vem desde o início dos tempos. Uma história que nos trouxe de um mundo primitivo de aspereza e brutalidade à era dos direitos humanos. É o bem que vence no final. Se não acabou bem, é porque não chegou ao fim. O fato de acontecerem tantas coisas tristes e erradas não nos dispensa de procurarmos agir com integridade e correção. Estes não são valores instrumentais, mas fins em si mesmos. São requisitos para uma vida boa. Portanto, independentemente do que estiver acontecendo à sua volta, faça o melhor papel que puder. A virtude não precisa de plateia, de aplauso ou de reconhecimento. A virtude é a sua própria recompensa.

       Eis a nossa regra nº 4: "Seja bom e correto mesmo quando ninguém estiver olhando".